Igor Clayton Cardoso
As Invasões bárbaras
As Invasões bárbaras
Para os romanos, bárbaros eram os povos que não estavam subordinados ao Império, que não falavam o latim, que habitavam além das fronteiras imperiais; eram, portanto, os "não-romanos". Seu modo de produção era bastante primitivo: praticavam uma economia amonetária e natural, vivendo da caça, da pesca e, principalmente, dos despojos de guerra. Alguns povos sobreviviam do pastoreio ou da agricultura rudimentar; a terra era, em geral, propriedade coletiva.
Os bárbaros não conheciam um Estado organizado, constituindo nações divididas em tribos. Como a maioria desconhecesse a escrita, a vida social era orientada por leis consuetudinárias (baseadas nos costumes) transmitidas oralmente. Sua religião era politeísta e cultuavam seus ancestrais.
A partir do século I, com a expansão do Império, os contatos entre bárbaros e romanos se intensificaram e profundas transformações foram se operando na sociedade coletiva dos "não-romanos". A terra tornou-se, então, privada, devido ao enriquecimento de algumas famílias. A desigualdade social começou a acentuar-se surgindo uma aristocracia dedicada unicamente às atividades bélicas e uma camada de camponeses que trabalhavam as terras.
Foram as tribos asiáticas, principalmente a dos hunos, que, dirigindo-se para o Ocidente à procura de terras férteis, pressionaram outros bárbaros a penetrar no Império Romano. Estes, por temerem os hunos, contribuíram para acelerar a contração do Império Romano, ora aliando-se aos romanos contra as ameaças de outros bárbaros, ora tornando-se seus colonos.
A crise geral que se abatia sobre a parte ocidental do Império, agravada pelas constantes ameaças de invasões bárbaras, determinou que, 395, o imperador Teodósio o dividisse em dois: o Império Romano do Oriente, também chamado Bizantino, que sobreviveu até 1453; e o Império Romano do Ocidente, vítima das crises e das pressões crescentes das tribos bárbaras, que sucumbiu em 476.
A atividade mercantil, embora em franco declínio, manteve-se até o século VIII, quando os árabes, invadindo a Península Ibérica, fecharam a mais importante via comercial ocidental da época - o Mar Mediterrâneo.
Com a obstrução do Mediterrâneo, intensificou-se o processo de ruralização da Europa ocidental, acentuando-se as características do feudalismo. Ao mesmo tempo, no lado oriental, crescia sob bases inteiramente diferentes uma sociedade rica, marcada por influências diversas - a sociedade bizantina -, que seria subjugada somente no século XV, por invasões de turcos-otomanos.
Foram as tribos asiáticas, principalmente a dos hunos, que, dirigindo-se para o Ocidente à procura de terras férteis, pressionaram outros bárbaros a penetrar no Império Romano. Estes, por temerem os hunos, contribuíram para acelerar a contração do Império Romano, ora aliando-se aos romanos contra as ameaças de outros bárbaros, ora tornando-se seus colonos.
A crise geral que se abatia sobre a parte ocidental do Império, agravada pelas constantes ameaças de invasões bárbaras, determinou que, 395, o imperador Teodósio o dividisse em dois: o Império Romano do Oriente, também chamado Bizantino, que sobreviveu até 1453; e o Império Romano do Ocidente, vítima das crises e das pressões crescentes das tribos bárbaras, que sucumbiu em 476.
A atividade mercantil, embora em franco declínio, manteve-se até o século VIII, quando os árabes, invadindo a Península Ibérica, fecharam a mais importante via comercial ocidental da época - o Mar Mediterrâneo.
Com a obstrução do Mediterrâneo, intensificou-se o processo de ruralização da Europa ocidental, acentuando-se as características do feudalismo. Ao mesmo tempo, no lado oriental, crescia sob bases inteiramente diferentes uma sociedade rica, marcada por influências diversas - a sociedade bizantina -, que seria subjugada somente no século XV, por invasões de turcos-otomanos.
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