quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Igor Clayton Cardoso

A ALTA IDADE MÉDIA


Embora já tenhamos visto que, no feudalismo, os aspectos econômicos e sociais articularam-se aos aspectos culturais e ideológicos, é preciso considerar que o modo de produção feudal não existiu de maneira estanque e homogênea em todas as regiões da Europa, tendo sido, na realidade, um processo contínuo, da ascensão à decadência.
Assumindo peculiaridades regionais, variações particulares, o feudalismo, entretanto, conservou sempre o conjunto de características que o distinguem dos demais modos de produção. Para efeito de análise, considera-se que o feudalismo "clássico" foi o francês, já que a maior parte dos componentes feudais podem ser encontrados na França medieval.
Nos demais países da Europa ocidental, houve tanto variações, de acordo com o desdobramento histórico regional, como exceções - sociedades que não se vincularam a esse modo de produção. Estas últimas, entretanto, por serem exceções, em nada afetam o conjunto predominante, de estrutura hegemônica feudal.
Foi a partir do século V, com a queda do Império Romano do Ocidente, que se acelerou definitivamente o processo de formação do mundo feudal, tendo início a Alta Idade Média. As tendências desse período, como já apontamos, têm suas raízes do colapso do mundo escravista romano, cujo desfecho foi a ocupação de Roma pelos bárbaros hérulos, em 476. Embora as invasões bárbaras tenham sido decisivas para a queda do Império, o êxito dessas expedições está intimamente relacionado com a fragilidade militar, vivida por Roma nesse período.
A Alta Idade Média se deu do século V ao X. Nesse período houveram uma decadência do Comércio e a formação e fortalecimento do feudalismo, a ruralização econômica, o fortalecimento do poder local exercido pelos senhores feudais, ascensão da Igreja e da cultura teocêntrica. Também foi nesse intervalo de tempo que a Europa sofreu diversas invasões de povos bárbaros, e, mais tarde, dos árabes, vikings etc.
                                             FONTE: HISTÓRIA GERAL, CLÁUDIO VICENTINO, Ed.Scipione, edição 1999

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